terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O PRIMEIRO FESTIVAL CARMEL A GENTE NUNCA ESQUECE!

Entusiasmados com a dança folclórica israelense e porque grande parte de nossos madrichim no Chevrat Neurim também eram dançarinos, passamos a ter em parte de nossas atividades a dança em machanot, atividades aos sábados e em eventos.
No segundo semestre de 84 a tnuá resolveu criar uma lehaká para participar do IV Festival Carmel. Para mim o festival ainda não representava muita coisa, pois afinal eu nunca havia participado de um.
Nosso coreógrafo era o Josef Benhaim que já havia sido coreógrafo do Dror, Hakotzrim e era um dos melhores dançarinos do Carmel.
A lehakat Chevrat Neurim tinha aproximadamente 40 dançarinos em sua maioria dançarinos de primeira viagem com alguns dançarinos veteranos de lehakot da Hebraica, em especial do Shalom.
Nossos ensaios eram aos domingos de manhã e o Zé conseguiu em alguns meses nos preparar para participar do Festival.
Lembro que meu primeiro contato com o Festival Carmel foi muito marcante, pois como até hoje acontece, o festival representa a junção de todos aqueles que amam a dança e tudo que ela representa.
Ver lehakot vindas da Argentina, como Guilboa, Darkeinu, Adamá e o extinto Admati, que foi na época uma das lehakot que me marcou profundamente pela energia e irreverência, além da tradicional lehakat Kineret que simbolizava aquilo que havia de melhor em dança folclórica israelense no Brasil, era algo indescritível.
Naquele ano, tanto Kineret como Admati apresentaram duas versões diferentes da coreografia "Noofei Haaretz", com a mesma música, mas com orquestrações e estilos totalmente diferentes, mas muito marcantes.
O Kadima de Porto Alegre estreando "Shirei Roim Veohavim" com música da Ofra Haza e uma coreografia que faria muito sucesso e perduraria por diversos anos no repertório da lehaká.
Era um mundo mágico, como acredito que para os dançarinos de hoje em dia tambem seja.
O primeiro Festival Carmel a gente nunca esquece e quando lembro daquela época consigo lembrar da Lehakat Shalom estreando Dorot uma das coreografias chassídicas mais lindas e diferentes feita pelo Gingi que marcaria aquele ano e seria o destaque das lehakot da Hebraica.
Todas as apresentações eram feitas num único palco, construido no Centro Cívico mas do lado oposto ao que é construido hoje em dia, onde fica a platéia.
Após aquele festival decidi que queria dançar numa lehaká e participar mais intensamente do movimento de danças, mas em momento algum imaginei que as duas décadas e meia seguintes de minha vida, seriam quase que totalmente dentro deste mundo.

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